A Bienal Internacional de Curitiba
completa 22 anos em 2015 priorizando a arte que vai para as ruas, com ações que
não se restringem aos museus, centros culturais e galerias, mas que ganham o
espaço urbano. Tem curadoria geral do crítico de arte Teixeira Coelho e
acontece na capital paranaense entre os dias 3 de outubro e 6 de dezembro com
obras de artistas dos cinco continentes em mais de 100 espaços da cidade.
Nesta edição, a Bienal tem como
conceito curatorial a Luz do Mundo, fio condutor das obras que representam o
melhor da arte contemporânea mundial. “A edição de 2015 da Bienal Internacional
de Curitiba tem por tema a arte da luz, a arte com a luz, a arte feita de luz e
que tem na luz sua matéria, seu material e conteúdo”, observa o crítico e
curador geral Teixeira Coelho. Paralelamente, a UNESCO instituiu em 2015 o Ano
Internacional da Luz, no campo da Ciência e Tecnologia.
Este ano, a comissão organizadora
decidiu homenagear o artista franco-argentino Julio Le Parc, expoente da arte
contemporânea e um dos pioneiros da arte cinética. Fundador do coletivo GRAV
nos anos 60, sua obra consiste principalmente de relevos que compõem a luz e
movimento com líquido fluorescente e outros materiais. “Deslumbramento: palavra
que melhor expressa a reação humana diante de suas obras”, afirma Teixeira
Coelho. Julio Le Parc tem uma obra impactante, que será exposta pela primeira
vez na capital. “O público se surpreenderá com a qualidade das obras e dos
artistas que estarão na Bienal. Nomes icônicos, de grande visibilidade
internacional, e artistas emergentes premiados estarão nos inúmeros espaços,
nomes como Anthony McCall (EUA), Carlo Bernardini (Itália), Dan Flavin (EUA),
Doug Wheeler (EUA), Yumi Kori (Japão). Eliane Prolik (Brasil), Iván Navarro
(Chile), Jeong Moon Choi (Coreia do Sul), Bill Viola (EUA), Odires Milászho
(Brasil) e Xul Solar (Argentina)”, adianta a presidente da Bienal, Luciana
Casagrande Pereira.
A Bienal conta com os curadores
convidados Leonor Amarante, Tereza de Arruda, Fernando Ribeiro, Bo Nilsson e
Yamil Le Parc. Os ganhadores do Prêmio Jovens Curadores 2015, Ana Rocha e Goura
Nataraj, trabalham em conjunto com o curador convidado Daniel Rangel. Vera
Miraglia e Carmen Lúcia Kassis são as responsáveis pela curadoria educacional.
Para o Circuito de Museus os curadores
são Adriana Almada, Alfons Hug, Ana Gonzales, Antonio Cava, Benedito Costa
Neto, Dannys Montes de Oca, Fernando Bini, Isadora Hofstaetter, Joice Gumiel
Passos, Lenora Pedroso, Luiz Carlos Brugnera, Rodrigo Marques, Mauricio Vieira,
Oriete Heloisa Cavagnari, Royce W. Smith e Vanessa Múrio. Stephanie Dahn
Batista e Angelo Luz assinam a curadoria do Circuito Universitário e Paulo
Camargo e Denize Correa Araujo formam o corpo curatorial do Festival de Cinema.
O Circuito de Galerias conta com curadoria de Cleverson Oliveira, Keila Kern,
Livia Fontana, Lucia Casillo Malucelli, Márcia Aracheski, Mauricio Pinheiro
Lima, Regina Casillo, Roberto Pitella e Tuca Nissel.
A Bienal estará presente nos principais
espaços culturais de Curitiba, entre museus, centros culturais, galerias e
espaços de arte tais como Museu Oscar Niemeyer (MON), Centro Cultural Sistema
Fiep, Museu Municipal de Arte (MuMA), Catedral Metropolitana de Curitiba,
Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões – Pavilhão Antony McCall, Museu de
Arte da UFPR (MusA), Museu Paranaense, Galeria APAP, Museu da Gravura, Museu da
Fotografia, Memorial de Curitiba, Museu Guido Viaro, Museu de Arte
Contemporânea do Paraná e Pátio Batel entre outros.
Nesta edição, a arte urbana e as
performances artísticas ganham atenção especial, pois, além de estarem cada vez
mais fortes e presentes no cenário internacional, oferecem um contato direto e
imediato com a comunidade. Não fosse o bastante, as obras de rua ainda ajudam a
cumprir o papel de deixar heranças mais duradouras, ampliando sua ação para
além do período de exposições.
“A Bienal é uma excelente oportunidade
para se ter contato com o que há de mais contemporâneo no mundo da arte. Ao
observar as obras, acompanhar as performances, visitar um museu, é possível
cruzar fronteiras geográficas e expandir o repertório cultural. Mais uma vez, a
Bienal envolverá toda a cidade, provocando as pessoas de um jeito diferente”,
afirma o diretor-geral da Bienal, Luiz Ernesto Meyer Pereira.
Educativo - O Projeto Ação Educativa
busca prolongar e potencializar os efeitos da Bienal na rede pública de ensino.
A proposta é criar uma rede multiplicadora de conhecimento com palestras,
mesas-redondas e visitas mediadas. Será publicado um material educativo
(disponível também para download no site da Bienal), impactando professores,
alunos e a comunidade em geral. Todas as bibliotecas escolares do Paraná
receberão essa publicação.
Histórico - A Bienal Internacional de
Curitiba teve sua primeira edição em 1993, quando ainda se chamava VentoSul,
com artistas da Argentina, Brasil e Paraguai. Em 1995, acrescentou a
participação para artistas do Chile e Uruguai. O marco da edição de 1997 foi a
itinerância com obras que seguiram para grandes centros culturais como o Museu
de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) e o Centro Cultural Recoleta
(Buenos Aires).
Em 2007, a mostra passou a ser temática
com obras relacionadas a “Narrativas Contemporâneas” e teve abrangência
latino-americana. Em 2009, trouxe artistas dos cinco continentes e o grande
tema abordado foi “Água Grande: Os Mapas Alterados”, trazendo artistas como
Bruce Nauman, Gary Hill e Marina Abramovic. Em 2011, foi intitulada Bienal de
Curitiba e transformou a cidade num grande espaço de arte contemporânea, com
destaque para o projeto educativo visando democratizar as artes visuais. Em
2013, a Bienal Internacional de Curitiba comemorou 20 anos de história e se
consolidou como um dos eventos mais importantes do circuito mundial. Artistas
de relevância no cenário da arte contemporânea internacional, como o
sul-africano William Kentridge, o chinês Ai Weiwei, a francesa Louise
Bourgeois, o austríaco Peter Kubelka e o alemão Heinz Mack passaram pela
mostra. Artistas residentes em cidades do Paraná e de outros estados
brasileiros também conquistaram grande visibilidade durante o evento.
Circuitos - Com o intuito de expandir e
consolidar seus vínculos locais, a Bienal apoia a realização de cinco circuitos.
O Circuito de Museus terá mostras organizadas pelas instituições, dialogando
com o conceito da Bienal. O Circuito de Galerias conta com uma programação
especial nas principais galerias de arte contemporânea da cidade. Já o Circuito
de Ateliês colocará o público em contato com a produção dos artistas locais em
seu ambiente de trabalho.
O Circuito Universitário da Bienal
Internacional de Curitiba – CUBIC, promove debates, reflexões e expõe obras de
artistas universitários. Neste circuito, a Bienal oferece um prêmio para a
melhor obra, que neste ano será uma residência artística na Cité Internationale
Universitaire de Paris.
Apresentado pela Petrobras, o Festival
de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba acontece de 5 a 15 de novembro e
tem curadoria do jornalista e crítico Paulo Camargo e da PhD em cinema Denize
Araújo. A programação conta com exibição de filmes nacionais e internacionais e
uma mostra universitária competitiva. Três participantes serão premiados com um
estágio na Academia de Cinema de Nova York.
Roteiros - São quatro tipos de roteiros
para quem quiser visitar a Bienal: a Pé, de Bicicleta, de Van e de Ônibus.
Basta escolher qual o melhor trajeto, agendar a visita via site e aproveitar
tudo o que está exposto pela cidade. Quem quiser também pode adquirir um guia
pocket bilíngue, que mostra onde as obras estão, seja nos espaços expositivos
ou na rua.
Museografia - O arquiteto Jayme
Bernardo é o autor do projeto de museografia nos diversos museus e centros
culturais da Bienal Internacional de Curitiba.
Publicações - Com o início do evento, o
guia com a programação da Bienal será distribuído nos espaços expositivos e em
diversos pontos da cidade. O site oficial também incluirá toda a programação e
as informações gerais. Os catálogos da Bienal Internacional de Curitiba e do
Festival de Cinema contêm informações detalhadas de todos os artistas e obras e
poderão ser adquiridos a partir de outubro. O guia e o catálogo da Bienal são
editados pela Arte e Letra.
Patrocínio - O Ministério da Cultura
apresenta a Bienal Internacional de Curitiba 2015, realizada por meio da Lei
Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura (Lei Rouanet). Esta
edição também conta com o patrocínio master da UEG Araucária e patrocínio do
BNDES, Petrobras, Sanepar, Scania e BRDE. Tem copatrocínio da Barigui
Financeira, Sesi FIEP, Monreal Construtora e Pátio Batel. Tem o apoio da
APAP-PR e o apoio internacional da Fundação Japão, Consulado Geral do Japão,
Embaixada da Argentina, Consulado da Argentina, Instituto Goethe, Prefeitura de
Columbus, Prefeitura de Cracóvia, Embaixada da Itália, Consulado Geral da
Itália, Instituto Italiano de Cultura, Centro Cultural Coreano no Brasil e
Consulado Geral da República da Coréia, Embaixada do México e Embaixada da
Suécia.
Mais informações:
www.bienaldecuritiba.org.
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