A Cinemateca de Curitiba e o Cine
Guarani dedicam a programação desta semana a produções nacionais, selecionadas
especialmente para a Semana Cultural da Educação, que acontece de 28 de
setembro a 3 de outubro. A exibição de filmes faz parte das 248 ações culturais
que acontecem em 30 diferentes espaços da cidade, com a oferta de 32 mil
ingressos gratuitos para servidores da educação, da cultura e comunidade em
geral. Confira:
CINEMATECA
Dia 28/09, às 10h
JANELA DA ALMA (BR, 2001, documentário,
cor, 73’) Dirigido por João Jardim e Walter Carvalho, com Wim Wenders, Agnès
Varda e Hanna Schygulla.
Dezenove pessoas com diferentes graus
de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem,
como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e Prêmio Nobel José
Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego
franco-esloveno Evgen Bavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta
Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais
e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão: o funcionamento
fisiológico do olho, o uso de óculos e suas implicações sobre a personalidade,
o significado de ver ou não ver em um mundo saturado de imagens e também a
importância das emoções como elemento transformador da realidade – se é que ela
é a mesma para todos. Livre.
Dia 29/09, às 10h e 14h
TUDO BEM (BR, 1978, ficção, cor, 110’)
Dirigido por Arnaldo Jabor, com Anselmo Vasconcelos, Regina Casé e José Dumont.
Juarez (Paulo Gracindo) é o chefe de
uma família de classe média, que está às voltas com uma obra no apartamento.
Aposentado, ele está sempre cercado pelos fantasmas de seus amigos já
falecidos. Elvira (Fernanda Montenegro), sua esposa, fica revoltada com a
impotência de Juarez, o que faz com que acredite que ele tenha uma amante. Zé
Roberto (Luiz Fernando Guimarães) e Vera Lúcia (Regina Casé) são os filhos do
casal, ele um executivo oportunista e ela preocupada apenas em encontrar um
marido. Junto com eles vivem duas empregadas: Aparecida de Fátima (Maria
Sílvia), mística fervorosa, e Zezé (Zezé Motta), que trabalha como prostituta
nas horas vagas. Juntos eles precisam lidar com as dificuldades da vida e os
operários da obra, que estão sempre no apartamento. 16 anos.
Dia 30/09, às 10h e 14h
A LIRA DO DELÍRIO (BR, 1978, drama,
cor, 102’) Dirigido por Walter Lima Jr., com Tonico Pereira, Anecy Rocha e
Paulo Cesar Pereio.
Dois momentos na vida de um grupo de
personagens cariocas. No bloco carnavalesco “A Lira do Delírio” eles vivem o
êxtase. Fora do carnaval, cruzam-se num cabaré da Lapa. Ness Elliot (Anecy
Rocha) tem o filho sequestrado e cai na manipulação de Claudio (Claudio Marzo),
misto de malandro e homem de negócios. O repórter de polícia Pereio (Paulo
Cesar Pereio) faz de tudo para ajudá-la enquanto também investiga o assassinato
de um homossexual. 16 anos.
Dia 1º/10, às 10h e 14h
O SIGNO DA CIDADE (BR, 2008, drama,
cor, 95’) Dirigido por Carlos Alberto Riccelli, com Graziela Moretto, Bruna
Lombardi e Denise Fraga.
São Paulo. Gil (Malvino Salvador) é
casado, mas está solitário. Lydia (Denise Fraga) gosta de se arriscar. Josialdo
(Sidney Santiago) nasceu para ser mulher. Mônica (Graziella Moretto) é
interesseira e quer apenas se dar bem. Todos ouvem o programa noturno de rádio
da astróloga Teca (Bruna Lombardi), que lida com os anseios de seus ouvintes e
seus próprios problemas. 14 anos.
Dia 2/10, às 10h e 14h
O BANHEIRO DO PAPA (França, Brasil,
Uruguai, 2007, comédia dramática, 97’) Dirigido por Enrique Fernandes, Cesar
Charlone, com César Troncoso.
1998, cidade de Melo, na fronteira
entre o Brasil e o Uruguai. O local está agitado, devido à visita em breve do
Papa. Milhares de pessoas virão à cidade, o que anima a população local, que vê
o evento como uma oportunidade para vender comida, bebida, bandeirinhas de
papel, souvenires, medalhas comemorativas e os mais diversos badulaques. Beto
(César Trancoso), um contrabandista, decide criar o Banheiro do Papa, onde as
pessoas poderão se aliviar durante o evento. Mas para torná-lo realidade ele
terá que realizar longas e arriscadas viagens até a fronteira, além de
enfrentar sua esposa Carmen (Virginia Mendez) e o descontentamento de Silvia
(Virginia Ruiz), sua filha, que sonha em ser radialista. 10 anos.
CINE GUARANI
Dia 29/9, às 10h e 14h
CHEGA DE SAUDADE (BR, 2008, cor, ficção,
95’) Direção: Laís Bodanski, com Leonardo Villar e Tonia Carrero.
Um baile acontecerá em um clube de
dança em São Paulo. Desde quando o salão abre suas portas, pela manhã, até seu
fechamento ao término do baile, pouco após a meia-noite, diversos personagens
rodeiam o local. 12 anos.
Dia 30, às 10h e 14h
O OUTRO LADO DA RUA (França/Brasil,
2004, comédia dramática, cor, 97’) Dirigido por Marcos Bernstein, com Fernanda
Montenegro, Raul Cortez e Laura Cardoso.
Regina (Fernanda Montenegro) é uma
mulher de 65 anos de sinceridade excessiva e ironia incontida, que vive em
Copacabana com sua cachorrinha vira-lata. Para esquecer a solidão e se distrair
ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos
delitos. Em uma noite de abandono, “fiscalizando” com seu binóculo o que
acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina presencia o que lhe parece
ser um homem matando sua mulher com uma injeção letal. Ela chama a polícia, mas
o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que
estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino. 12 anos.
Dia 1º, às 10h e 14h
ASSIM ERA A ATLÂNTIDA (BR, 1975,
documentário, pb, 95’, foto) Dirigido por Carlos Manga, com Odete Lara, Grande Otelo
e José Lewgoy.
A era de ouro da Atlântida Cinematográfica,
estúdio de cinema brasileiro que se notabilizou pela produção de chanchadas. 10
anos.
Dia 2, às 10h e 14h
ZUZU ANGEL (BR, 2006, drama, cor, 104’)
Direção: Sergio Resende, com Patrícia Pillar e Daniel de Oliveira.
Brasil, anos 60. A ditadura militar faz
o país mergulhar em um dos momentos mais negros de sua história. Alheia a tudo
isto, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais
famosa no Brasil e no exterior. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de
Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos
militares. Resumindo: as diferenças ideológicas entre mãe e filho eram
profundas. Numa noite Zuzu recebe uma ligação, dizendo Stuart tinha sido preso
pelos militares. As forças armadas negam. Pouco tempo depois ela recebe uma
carta dizendo que Stuart foi torturado até a morte na aeronáutica. Então ela
inicia uma batalha aparentemente simples: localizar o corpo do filho e enterrá-lo.
Mas Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incômoda para a ditadura. 14
anos.
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