quinta-feira, 6 de junho de 2013

50 anos de carreira de Milton Nascimento em musical no Guairão

Aclamado como um dos maiores compositores e a grande voz masculina do Brasil, Milton Nascimento completou 50 anos de carreira e 70 de vida em 2012. Para celebrar a importante data, a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho apresenta o musical "Milton Nascimento - Nada Será como Antes".
Quatorze atores e músicos vão soltar a voz e o som de seus instrumentos para reconstruir o universo do cantor e compositor nascido no Rio, mas mineiro de criação e coração.
Não há uma divisão entre orquestra e atores: todos formam uma única voz a serviço da brilhante obra musical de Milton Nascimento”, explica o diretor Claudio Botelho.
A palavra na obra do Milton é muito forte. A palavra é muito simples, é direta. As imagens são muito precisas e nós já trazemos essa música no nosso inconsciente, no nosso interior. Ao mesmo tempo em que é fácil por a gente conhecer e amar a obra, é difícil porque temos que fazer uma releitura”, afirma o diretor Charles Möeller.
"O mais importante para nós era a obra, tentar olhar as canções do Milton de um ponto de vista teatral", complementa Botelho.
Ter minhas músicas num espetáculo dessa envergadura é muito mais que um sonho para mim. Tive que disfarçar o choro”, diz o próprio Milton Nascimento, que assistiu a um ensaio poucos dias antes da estreia.

Simplicidade - "Milton Nascimento – Nada Será Como Antes" não tem perfil biográfico, não há uma historinha, nem diálogos. O formato segue o estilo ‘revista’, com foco primordial nas canções. O contexto é uma casa no interior de Minas, onde amigos, tal como no Clube da Esquina, se reúnem para cantar, tocar instrumentos e viver histórias.
"Não queríamos marcas circenses nem coreografias, mas um olhar que significasse muita coisa. O Milton tem uma singeleza que, se o ator não tiver dentro de si, não vai conquistar", diz Möeller.
Marya Bravo, Claudio Lins, Tatih Köhler, Pedro Sol, Estrela Blanco, Jules Vandystadt, Cássia Raquel, Jonas Hammar, Wladimir Pinheiro e Sergio Dalcin dividem a cena com os músicos Delia Fischer - também responsável pelos arranjos -, Lui Coimbra, Whatson Cardozo e Pedro Aune.

A obra de Milton - A vastidão da obra foi um desafio encontrado pela dupla na hora de selecionar o repertório final e formatar o roteiro do espetáculo. “Chegamos a pensar em fazer somente o 'Clube da Esquina', para ter um recorte mais focado, mas seria injusto deixar dezenas de clássicos de fora”, explicam os diretores, que optaram por uma divisão do musical em quatro atos correspondentes às estações do ano.
Enquanto composições que remetem a um solar imaginário interiorano ('Bola de Meia, Bola de Gude', 'Aqui é o País do Futebol') compõem o 'Verão`, 'A Cigarra', 'Um Girassol da Cor do seu Cabelo' e 'Nuvem Cigana' dão colorido à Primavera. Clássicos que atravessaram gerações ('Cais', 'Caçador de Mim', 'Encontros e Despedidas' e 'Faca Amolada') moldam o Outono e continuam pelo Inverno, com 'Nada Será como Antes' e 'O que foi Feito Devera'.

As apresentações de “Milton Nascimento - Nada Será como Antes” acontecem no Guairão, nos dias 7 e 8, às 21h, e dia e 9, às 19h. Os ingressos custam R$ 100,00 (plateia), R$ 60,00 (1° balcão) e R$ 40,00 (2° balcão) com os respectivos meio-ingressos. A classificação indicativa é 12 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário