quarta-feira, 26 de junho de 2013

Casa da Leitura Manoel Carlos Karam será reaberta

A Casa da Leitura Manoel Carlos Karam, unidade da Fundação Cultural de Curitiba localizada no Parque Barigui, abre novamente suas portas às 15h desta quinta-feira (27), depois de reforma patrocinada pela Companhia de Cimento Itambé, por meio de Edital de Chamamento Público para Patrocínio. A solenidade contará com a leitura de uma das obras de Karam, feita por um grupo de aproximadamente 40 pessoas.

O espaço – O primeiro do gênero, em Curitiba, inaugurado em 2006, quando contou igualmente com o apoio da Companhia de Cimento Itambé, recebeu em 2008 a atual denominação e abriga a maior parte do acervo bibliográfico de três mil volumes, doado à FCC pela família do escritor e jornalista Manoel Carlos Karam, falecido em 1º de dezembro de 2007. “A devolução desse local voltado à leitura e à criação literária é resultado do trabalho conjunto com a iniciativa privada”, destaca Marcos Cordiolli, presidente da Fundação Cultural de Curitiba.
A recuperação do endereço, que esteve fechado por 80 dias e consumiu dois meses de trabalho, teve um investimento total de R$ 50 mil, sendo R$ 40 mil provenientes da Companhia Itambé e R$ 10 mil decorrentes de investimentos da própria Fundação Cultural de Curitiba.
Entre as principais benfeitorias realizadas no espaço estão a reforma, impermeabilização e pintura das paredes internas, pintura das fachadas, muros e cercas, revisão das instalações hidrossanitárias, troca das calhas recuperação estrutural e impermeabilização das marquises, manutenção das grades, revisão elétrica, troca de portas, revisão do telhado e jardinagem.

Cultura e lazer – Atualmente, a Casa da Leitura Manoel Carlos Karam conta com aproximadamente 4.500 volumes para empréstimo, além de fornecer cadeiras e espreguiçadeiras para quem deseja emprestar um livro para ler no parque. A Casa integra a rede de 16 bibliotecas mantidas pela Fundação Cultural de Curitiba, que investe em ações como o programa “Curitiba Lê” para deixar o livro mais próximo do leitor, englobando a “Estação da Leitura” no Terminal do Pinheirinho, o “Bondinho da Leitura” (Rua das Flores) e as “Tubotecas” (bibliotecas instaladas nas estações-tubo), espaços que abrem novos horizontes para a formação das pessoas por meio da literatura. O objetivo é derrubar as barreiras que, no Brasil, deixam índices muito baixos de leitura.
Outras atividades de incentivo ao hábito de ler estão presentes nas Casas da Leitura, entre elas as oficinas literárias, as rodas de leitura, as sessões de contação de histórias e os ciclos de leitura, que mostram os livros como fonte de lazer e reflexão. A ideia é preparar agentes multiplicadores, como os professores da rede municipal de ensino, contadores de histórias, arte-educadores e voluntários, além de ações com estudantes e a comunidade.

O homenageado – Manoel Carlos Karam (1947 - 2007) era catarinense, mas vivia desde a sua juventude em Curitiba. Cursou jornalismo na Universidade Católica do Paraná, publicou sete romances e escreveu vinte peças teatrais. Em 1995, com a obra Cebola, ganhou o prêmio Cruz e Souza de Literatura. Como jornalista, trabalhou em televisão, jornais e na Prefeitura de Curitiba. Também atuou em campanhas políticas.
Seu primeiro livro publicado foi “Fontes murmurantes” (1985). Depois vieram “O impostor no baile de máscaras” (1992), “Cebola” (1997), “Comendo bolacha maria no dia de são nunca” (1999), “Pescoço ladeado por parafusos” ( 2001), “Encrenca” (2002), “Sujeito oculto” (2004) e “Jornal da guerra contra os taedos” (2008).

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